Irmãos brasileiros que deram volta ao mundo em veleiro anunciam que vão repetir aventura, mas pilotando avião
09/07/2025
(Foto: Reprodução) Celso e Lucas, que são de Ubatuba (SP), não sabem pilotar avião, mas vão iniciar cursos para conseguir dar nova volta ao mundo, agora pelos ares. Irmãos brasileiros que deram volta ao mundo em veleiro anunciam novo desafio
Os irmãos brasileiros que deram uma volta ao mundo em um veleiro anunciaram que vão repetir a dose: dessa vez, porém, a aventura vai acontecer com a dupla pilotando um avião.
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Moradores de Ubatuba (SP), Celso Pereira Neto, de 32 anos, e Lucas Faraco, de 29, ficaram famosos nas redes sociais nos últimos anos ao compartilharem o sonho de dar uma volta ao mundo em um veleiro. O desafio começou em 2018 e foi concluído em maio deste ano.
Agora, o objetivo é dar uma volta ao mundo pilotando um avião.
“Temos o prazer de anunciar para vocês que o nosso próximo projeto é chamado Katoosh em modo avião, galera. Nada mais nada menos do que mais uma volta ao mundo, agora em um avião”, disse Lucas no anúncio.
Irmãos brasileiros que deram volta ao mundo em veleiro anunciam que vão repetir aventura, mas pilotando avião
Reprodução
O irmão Celso completou brincando que os irmãos tinham a opção de sossegar após passarem os últimos sete anos em um veleiro, mas decidiram viver uma nova aventura.
“Vamos dar um cavalinho de pau. Tinha uma estrada muito bem pavimentada, mas tinha um desvio, um retorno, que é uma trilha, no meio do mato, que a gente vai ter que abrir de facão. Mas a gente falou: por que não?”, afirmou.
O novo desafio ainda não tem data para começar. Isso porque eles não sabem pilotar um avião e não têm uma aeronave. A ideia é agora compartilhar todos os passos da aventura com os seguidores, começando pelo curso para pilotagem.
“A gente vai mostrar para vocês do zero até completar uma volta ao mundo, porque a gente não é piloto de avião. Desde o aprendizado até como a gente vai fazer para comprar um avião. A gente não sabe pilotar um avião, a gente não tem um avião e não tem dinheiro para comprar um avião”, explicou Lucas.
“A gente vai se enfiar em um novo meio. Vamos sair 100% da nossa zona de conforto.”
“É um desafio muito grande, por isso a gente está com humildade e pé no chão de saber que vai tomar o nosso tempo. Precisamos tirar as certificações, ganhar hora de voo, ganhar experiência. A gente sabe lidar com situações de vida real e não quer se colocar em risco. Então, enquanto a gente não se sentir apto, não vai sair”, concluiu Celso.
Irmãos de Ubatuba cruzam o mundo num veleiro
Volta ao mundo em veleiro
Os irmãos Celso e Lucas completaram a volta ao mundo em um veleiro em maio deste ano, quando chegaram em Ubatuba, no mesmo ponto em que partiram para o desafio, em março de 2018.
Em sete anos, eles passaram por três oceanos e percorreram 52 países até atracarem novamente no Saco da Ribeira, no Litoral Norte de São Paulo.
Depois de deixar Ubatuba no dia 5 de março de 2018, os irmãos percorreram toda a costa brasileira, pelo oceano Atlântico Sul. Em seguida, o veleiro seguiu pelas regiões do Caribe, Ilhas Virgens Britânicas, Colômbia e Canal do Panamá, até chegar na Polinésia Francesa pelo oceano Pacífico Sul.
Após deixar a Polinésia Francesa - que foi o local onde os irmãos passaram mais tempo - o veleiro foi para Fiji, Nova Zelândia e Indonésia.
Em seguida, os irmãos enfrentaram o oceano Índico - que é considerado perigoso por conta das ondas e do tempo - e chegaram na África, último continente antes do retorno à América do Sul.
Ao todos, eles conheceram 52 países.
Após sete anos, irmãos brasileiros concluíram volta ao mundo em veleiro
Reprodução/Instagram
A primeira vez que Celso e Lucas ganharam grande repercussão aconteceu em 2019, quando eles ficaram à deriva por dias no veleiro no mar da Polinésia Francesa, durante uma tempestade no Oceano Pacífico Sul.
O problema aconteceu após o veleiro se chocar com uma baleia. Com o impacto, o leme do barco - parte responsável por nortear a embarcação - quebrou. No meio do mar, não havia para quem pedir ajuda.
Como se isso não bastasse, o Oceano Pacífico Sul teve uma tempestade com chuva e ventos de mais de 100 quilômetros por hora.
“Nos chocamos com uma baleia e ficamos à deriva mais de três dias. Foram 86 horas assustadoras, mas deu tudo certo”, lembra Lucas.
Imagem de arquivo - Em 2019, irmãos brasileiros que ficaram à deriva na Polinésia Francesa conseguiram atracar: 'pesadelo chegou ao fim'
Reprodução/ Instagram
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